Programa Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães
O Programa Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães conhecido popularmente como Colégio Luís Eduardo Magalhães foi uma iniciativa educacional idealizada e implementada durante a Gestão César Borges (PFL) no Governo da Bahia. Criado a partir do decreto 7293/98[1] com o objetivo de ampliar a oferta de ensino médio no estado, ofertando a população do estado os novos parâmetros educacionais de acordo com a então recente lei 9394, de 20 de dezembro de 1996, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, implementada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).[2] A ideia do modelo das instituições partiu de Luís Eduardo Magalhães, então Deputado Federal e pré-candidato do PFL ao governo da Bahia nas eleições estaduais daquele ano, a proposta dos colégios era tida como uma das peças chaves de seu plano de governo, entretanto, após ser acometido por um enfarte agudo do miocárdio em 21 de abril do mesmo ano que o levou a óbito, a execução dos colégios foi antecipada, e levou seu nome como forma de homenageá-lo.[3][4]
Estrutura![]() ComposiçãoOs Colégios Modelos contavam com módulos instrumentais de Informática Básica, Língua Estrangeira e Gestão Empreendedora, sendo cada escola dotada de no mínimo 12 salas de aula, biblioteca, 3 salas de língua estrangeira moderna, sala de artes, sala de informática, sala de TV Escola[6][7], quadra esportiva e todas as modernas dependências administrativas.[1] UnidadesAs primeiras localidades a receberem as novas unidades foram Salvador, Guanambi, Brumado, Paulo Afonso, Ilhéus, Ipiaú[8], Itaberaba, Xique-Xique, Teixeira de Freitas, Itapetinga, Juazeiro, Irecê, Vitória da Conquista, Bom Jesus da Lapa, Barreiras, Ibotirama e Feira de Santana[9], entregues ainda no governo César Borges. Para a execução do programa, foram investidos R$ 42,4 milhões, provenientes do processo de privatização da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) ocorrida em 1997. Através da execução de um cronograma de obras, foram inaugurados, entre novembro de 1998 e meados de 1999, as 17 unidades, obedecendo o mesmo padrão arquitetônico.[5] A partir de abril de 2002, com a renúncia de César para candidatar-se ao Senado, Otto Alencar (PL) que era Vice-governador e assumiu a gestão[10] deu continuidade na implementação do projeto nas demais cidades do estado, como Eunápolis, onde o governador entregou o equipamento no dia 11 de maio de 2002.[11]
ControvérsiasRenomeação das UnidadesDesde 2022 iniciou-se um processo de retirada do nome do idealizador das escolas por parte do ex-governador Rui Costa e mantido no governo Jerônimo Rodrigues, ambos do Partido dos Trabalhadores, partido considerado no estado como principal opositor do Carlismo, movimento político então liderado pelo pai de Luís Eduardo, Antônio Carlos Magalhães.[13][14][15][16] As renomeações são vistas dentro e fora do governo do estado como uma forma de apagar a memória política da família Magalhães, principal opositor das consecutivas gestões do PT na Bahia.[17] Essa atitude vem gerando críticas dos deputados na Assembleia Legislativa do Estado, que caracterizaram as mudanças como modificações de enviesamento político, priorizando uma “política barata para provocar adversários políticos”.[18] Referências
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