Judeia
Judeia (em árabe: يهودية; romaniz.: Yahudia; em hebraico: יהודה; romaniz.: Yəhuda; lit. "louvor"; em hebraico tiberiano: Yəhûḏāh; em grego clássico: Ἰουδαία; romaniz.: Ioudaía; em latim: Iudaea) é a parte montanhosa ao sul da Palestina, entre a margem oeste do mar Morto e o mar Mediterrâneo. Estende-se, ao norte, até as colinas de Golã e, ao sul, até a Faixa de Gaza, correspondendo aproximadamente à parte sul da Cisjordânia.[1][2] Atualmente, a Judeia[3] é considerada parte da Cisjordânia pela Organização das Nações Unidas (ONU), que, durante a partição da Palestina, se referiu à região como parte sul da atual Cisjordânia, em um plano aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 29 de novembro de 1947, através da Resolução 181.[4] Para o governo israelense, a Judeia pertence a Israel desde que o país invadiu a região, sendo referida como Judeia e Samaria,[5] excluindo a área correspondente à Jerusalém Oriental.[6] 700 mil colonos israelenses vivem entre 2,7 milhões de palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, principalmente a partir de 1967. A maioria dos países e a própria ONU consideram ilegais os assentamentos israelenses em territórios roubados da população nativa, disponibilizada a colonos para fazer aliá. Israel contesta isso, citando laços históricos e bíblicos com a terra.[7] HistóriaNo terceiro milênio antes de Cristo começaram a surgir as primeiras cidades, certamente em contacto com as grandes civilizações que se desenvolveram nos vales do Nilo e na Mesopotâmia. Quando os hebreus chegaram à terra de Canaã, a região encontrava-se já ocupada pelos cananeus. O povo hebreu, originalmente um clã semita que se refugiara no Egito devido a uma fome em Canaã,[8] passou a ser escravizado após a morte de seu protetor, José do Egito, o que durou por 430 anos. Sob a liderança de Moisés, deixaram o cativeiro no Egito por volta de 1447 a.C., segundo o Livro do Êxodo. De início, fixaram-se nas regiões localizadas a oeste do mar Morto, mas pouco a pouco, liderados por Josué, derrotaram os Cananeus, e ocuparam as margens do Mediterrâneo e as terras do norte de Canaã.[9] No século XII a.C., os chamados povos do outro lado do mar, entre eles os filisteus, ocuparam as planícies litorâneas. As constantes lutas entre os dois povos terminaram com a vitória dos hebreus. No século X a.C., Israel aproveitou o enfraquecimento dos grandes impérios vizinhos para expandir o seu território. O país, que alcançou o seu apogeu ao longo dos reinados de David e Salomão, foi mais tarde dividido em dois reinos: Israel, ao norte, fundada pelo Rei Jeroboão I e que fora invadido pelos Assírios,[10] e Judá, ao sul. Israel foi transformado em tributário da Assíria. Logo após subir ao trono, em 721 a.C., Sargão II conquistou o país e deportou a maior parte de seus habitantes. No sul, o reino de Judá conservou sua precária independência até 587 a.C., quando Nabucodonosor II o arrasou e deportou sua população para a Babilônia. Em 539 a.C., quando o xá aquemênida Ciro, o Grande apoderou-se da Babilônia, este permitiu que muitos hebreus pudessem regressar à sua região. Depois da conquista do Império Aquemênida pelo macedônio Alexandre o Grande, a terra de Canaã ficou submetida à influência helenística. Após a Conquista da região pelos gregos, a Judeia é invadida pelo Império Romano. Com os romanos é que a região ficará conhecida como Palestina. Segundo Flávio Josefo, o nome Palestina ocorre depois das guerras Judaico-Romanas. ![]() SoberanosGovernadores RomanosReis asmoneus
Reis Herodianos
Cronologia
Referências
|